Jornada Albert Pyun: Alien from L.A.


Atlântida, ou Atlantis, é um continente mítico e foi mencionado até mesmo nos escritos do filósofo grego Platão, mais especificamente nas obras Timeu e Crítias. De acordo com esse pensador helênico, Atlântida era uma civilização poderosa e que, após uma tentativa mal sucedida de conquistar Atenas, foi engolida pelo oceano (provavelmente ocorreu um terremoto ou tsunami) e desapareceu para sempre.

Porém, o tema aqui não é a Atlântida do filósofo Platão, mas sim, a Atlântida de Albert Pyun, o mestre dos filmes B.
 Depois de A espada e os Bárbaros e Viagem Radioativa, a jornada pelo universo estranho das produções cinematográficas de Albert Pyun continua. Dessa vez a nossa trajetória passa por Atlântida que, não me perguntem como, existe abaixo do nossos pés.


Essa fábula, que bem pode ser considerada uma espécie de Alice no País das Maravilhas cyberpunk, foi roteirizada por Regina Davis, Debra Ricci e teve a colaboração do próprio diretor, Albert Pyun. Esse filme é também uma produção da saudosa Cannon Films, a empresa que já marcou presença aqui no blogue e que, durante os longínquos anos 80, lançava filmes B em um ritmo industrial.

Na trama, temos a história de Wanda Saknussem, uma guria que mora em Los Angeles e é uma nerd desengonçada, daquele tipo que é alvo fácil para bulliyng e que usa óculos dotados de lentes tão potentes que são capazes de dar inveja ao próprio telescópio Hubble.


Wanda trabalha em um emprego entediante, cresceu sem mãe, levou um pé na bunda do namorado e, para coroar a sequência de desgraças, é vilipendiada pelo pai, que se preocupa mais com arqueologia do que com a própria filha.

Quando a moça recebe uma carta que avisa sobre o desaparecimento do pai arqueólogo em uma expedição, ela realiza uma investigação acerca do real paradeiro do seu progenitor. Ao vasculhar as anotações perdidas no apartamento do velho, Wanda descobre algumas notas sobre Atlântida. Ela então entra em uma espécie de câmera oculta e cai em um buraco que nada mais é que um atalho para a mítica Atlântida.


Nessa Atlântida inóspita e literalmente “underground” do filme, Wanda é tratata como uma alienígena pelos bizarros habitantes locais, o que para ela não faz muita diferença, já que ela também era uma espécie de “alienígena” para as pessoas da superfície.

Alien from L.A. foi lançado em 1988 e mais tarde foi incluído em um episódio da série de ficção científica Mystery Science Theater 3000, um programa de comédia que fazia uma homenagem ao prório “cinema B” e que, infelizmente, nunca foi exibida no Brasil.


Alien from L.A.
Recomendado para: quem aprecia recordar as nostálgicas “fábulas de amadurecimento” feitas nos anos 80.
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