TOP 10+10: MELHORES HQS QUE EU LI EM 2013 (PARTE 2)


Sem delongas, vamos para a segunda parte do nosso especial do que melhor lemos em 2013. Se você por um acaso perdeu a parte 1, escrita pelo Marcel, pode ler aqui.

10) Infinity 04, por Jonathan Hickman e vários desenhistas


O segundo grande evento da Marvel em 2013 se tornou, pra mim, um dos melhores que já li, sendo infinitamente  muito superior aos fraquíssimos eventos dos últimos anos, como Age of Ultron, Vingadores vs X-men e Invasão Secreta. Tive que colocar em dia algumas edições da revista dos Vingadores e dos Novos Vingadores para poder acompanhar o plot gigantesco criado pelo Hickman, mas valeu a pena.

Escolhi a edição de número 4 por ter a melhor cena da minissérie, protagonizada pelo Thor. Finalmente a maior equipe da Terra enfrenta uma ameaça descomunal, se aliando a todas as raças do universo em uma guerra intergalática, enquanto o Titã Louco Thanos aproveita para invadir o nosso planeta.

Na minha opinião, melhor do que Guerra Civil.


09) Grandes Astros - Superman, por Grant Morrison, Frank Quitely e Jamie Grant


Um grande escritor. Um fantástico desenhista. Uma história fora da cronologia. Uma homenagem a um dos maiores personagens da editora. Um enredo com final. 
Esta história do Superman, contada por grandes nomes do cenário atual dos quadrinhos, não tinha como não se destacar. Ou melhor, até tinha, mas Morrison controlou sua dosagem de ácidos alucinógenos, para o bem da obra.

Eu já tinha lido há alguns anos a minissérie, mas com o lançamento do encadernado, tive finalmente a oportunidade de colocar na minha estante esta grande obra.


08) Wilson, por Daniel Clowes


Wilson é uma ótima graphic novel. Escrita em forma de tiras de uma página (mas que nunca foram publicadas isoladamente), conta uma grande história de um grande hipócrita. Acompanhamos seus conflitos e seu envelhecimento, e se torna impossível de não pensarmos em como levamos a nossa vida.

Confira o review aqui no blog.


07) Turma da Mônica - Laços, por Vitor Caffagi e Lu Caffagi


Se as Graphic MSP foram uma bela iniciativa para trazer ao público mainstream os grandes nomes do cenário nacional dos quadrinhos, Turma da Mônica - Laços foi minha edição preferida até agora. Vitor Caffagi e Lu Caffagi conseguiram recriar toda aquela empolgação (esquecida) de ganhar dos meus pais um novo gibi da Turma da Mônica, coisa que eu não sentia desde os meus 12 anos de idade.

Também fiz um review mais detalhado aqui no blog.


06) Valente Para Todas, por Vitor Caffagi



Mas, para mim, este é o melhor trabalho do Vitor. Ele me parece muito a vontade escrevendo em forma de tiras, e a sua preocupação em manter a coesão e a evolução do roteiro (e personagens) não as tornam "independentes" - e isso é muito legal.

Além do mais, é impossível não se identificar com várias situações da vida do Valente, o protagonista da história. O primeiro volume é muito bom, mas pessoalmente gostei mais do triângulo amoroso do segundo, e não vejo a hora de ler o terceiro. 


05) Os Livros da Magia, por Neil Gaiman, John Bolton, Scott Hampton, Charles Vess e Paul Johnson



Neil Gaiman não é um dos maiores autores da atualidade em vão. Aqui ele escreve, na jornada de Tim Hunter aos mundos fantásticos do Universo DC, uma fábula muito bonita sobre os riscos e as recompensas do amadurecimento.

Bom, pelo menos foi o que entendi. Você pode ler mais na resenha que fiz aqui no blog.


04) Demolidor - Fim dos Dias, por Brian M. Bendis, David W. Mack, Klaus Janson, e Bill Sienkiewicz


Pra quem não conhece a história de Matt Murdock / Demolidor, esta talvez seja uma história muito legal. Agora, para quem é fã do personagem, é uma homenagem imperdível ao universo e ao legado do protetor da cozinha do inferno.

Bendis narra aqui um violento thriller de mistério, que cruza com praticamente todos os coadjuvantes principais do herói. Como é uma história fora da cronologia, há a liberdade de ousar um pouco mais e criar um fim definitivo para diversos personagens importantes.

Também já foi resenhada no blog. Me desculpem a empolgação, mas não é sempre que tratam bem seu herói preferido.


03) Solanin, por Inio Asano


Depois que o Marcel colocou em primeiro lugar na sua lista das melhores Hqs que leu em 2012, fui atrás pra ver se era tudo isso. Realmente, é um mangá de sensibilidade elevada, que trata de temas delicados sem ser apelativo. E ainda possui bastante humor japonês em suas páginas.

Assim como o próximo item desta lista, a obra divaga sobre a vida real e rotineira, com um tom melancólico bem escondido debaixo do humor. É daqueles tipos de obra que ficam na sua cabeça por um bom tempo.


02) Fracasso de Público, por Alex Robinson


Ouvi muitos elogios desta série nos últimos anos, e em 2013 tive a chance de conferir sua qualidade. É uma rara história sobre o cotidiano do jovem adulto, escrita e desenhada de forma crua. Aqui os personagens não são bonitos, as situações nem sempre se resolvem e não há heróis ou vilões.

A beleza da vida, então, está  na cerveja depois do trabalho, no começo de um novo relacionamento ou na nova colega de trabalho. O fato de ser crua não significa que é um drama, pois há bastante humor em suas páginas. Afinal, a vida é engraçada às vezes.

Se Valente me fez lembrar da minha pré-adolescência e adolescência, Fracasso de Público trata dessa fase de sair da faculdade e procurar seu lugar no mundo. Talvez seja essa identificação que me fez gostar tanto da obra.

01) Sandman, por Neil Gaiman e vários desenhistas


Tava na hora de eu corrigir uma grande injustiça com meu currículo quadrinhístico. Criei vergonha na cara e fui ler Sandman, finalmente. Que bela obra.

Gaiman começa escrevendo o que parece ser uma série de terror que se passa no Universo DC, mas à medida em que começa a criar intimidade com os personagens, se solta e revela sua enorme fábula moderna, composta por inúmeros personagens, culturas, referências e novidades. É uma aula de narrativa e de pesquisa bibliográfica.

Ainda não terminei de ler. Recém passei pelo arco Estação das Brumas, e não deu vontade de nunca mais pegar alguma obra que não tenha um nível de qualidade similar.

Mas claro que, para sua alegria, eu continuo acompanhando as tranqueiras que saem mensalmente. E é por isso que trago como bônus o...


Top 3 - Piores Hqs que eu li em 2013

03) Age of Ultron,  por Brian M. Bendis e um monte de infelizes provavelmente foram obrigados por contrato a desenhar












Bendis é um cara curioso. Grande nome dos Vingadores por alguns anos e atualmente o grande nome dos X-Men, o careca tem o talento de escrever ótimos diálogos, e quando lhe dão a devida liberdade, escrever ótimos roteiros. Agora, quando entregam em sua mão as minisséries com todos os protagonistas da editora... bom, esta é mais uma prova de que Invasão Secreta e Guerra Secreta não eram exceções ruins em seu currículo.

Age of Ultron  foi uma aula de como não fazer um grande evento dos quadrinhos:

01) Mortes apelativas e desnecessárias? Sim, várias;

02) Viagens no tempo confusas e MUITO mal explicadas? Sim, com excelência;

03) Novos personagens que não duram mais de duas edições e só servem pra vender bonequinho novo? Confere;

04) Final que não conclui porra nenhuma e só serve pra fazer gancho com as próximas histórias da editora? É claro.

Saldo final: Uma hora e quarenta minutos da minha vida desperdiçados e uma leve dor de cabeça


02) Superior Spider-Man Annual #1, cometido por Christos Gage, Javier Rodriguez e Alvaro Lopez 


Se tem uma classe de fãs que sofre atualmente, pode se ter certeza que são os fãs do Homem-Aranha. É simplesmente um crime o que a editora vem fazendo com Peter Parker.

Superior Spider-Man Annual #1 está nessa lista por resumir em uma edição tudo o que o herói representava e destruir sem dó nem piedade. Sério, porque não criar um personagem novo e poupar o velho amigão da vizinhança desse fiasco? Até dava pra vender algumas action figures novas, veja só.

Saldo final: Dez minutos terrivelmente desperdiçados e uma noite de sono perdida.


01) Batman - O Cavaleiro das Trevas 2, invocado do inferno da sétima arte por Frank Miller e Lynn Varley


Alguém que deveria morrer comercialmente e ter se aposentado há anos, é com certeza Frank Miller. O que ele vem fazendo de desgraça ultimamente é inacreditável.

Pois bem. Depois de ler Batman - O Cavaleiro das Trevas, fui dar uma olhada na continuação, e tive a (in)felicidade de achar uma obra com NENHUM ponto positivo. Sim, na minha opinião não tem absolutamente nada bom aqui. O roteiro é risível, a arte é um lixo, os diálogos são dignos de Stallone Cobra e as cenas de ação seu sobrinho brincando com bonecos consegue fazer melhor.


Saldo final: Uma hora e meia da minha vida que nunca voltará e R$ 42,50 reais em antidepressivos.

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