Operação Big Hero (2014)




Desde que a Marvel tornou-se parte do Império Disney, além de várias especulações e receios por parte dos fãs da chamada Casa das Ideias, uma certeza se sobressaía: não ia demorar pra que a primeira animação Disney chegasse às telas com personagens da Marvel Comics.
Um dos motivos de burburinho era exatamente o que trazia à mente de muitos a chance de o estilo "musical" se tornar agora um padrão dos herois da editora. Algo no estilo "Homem de Ferro cantor", o que corria o risco de ser pior do que o "Homem de Ferro 3".
O primeiro longa-metragem de animação Marvel/Disney, no entanto, acabou sendo bem distante dos maiores temores dos fãs, e com mais uma trupe de herois, a princípio muito pouco lembrados nas discussões nerd, ao menos até a data do seu lançamento.



Os que já haviam ouvido falar da equipe nos quadrinhos, ainda assim tiveram muito pra conhecer quando assistiram "Operação Big Hero", que adapta e recria o super-grupo obscuro da Marvel.

Na versão dos cinemas, o guri gênio Hiro (dublado no original pelo Ryan Potter) é um aficionado pelas robolutas, modalidade esportiva em que robôs batalham harmoniosamente para a destruição alheia. Porém, após intervenção de seu irmão Tadashi (Daniel Henney) ele decide canalizar seus conhecimentos pra algo mais produtivo, e assim ele conhece o seu maior aliado, e também o seu inimigo.
O aliado ao menos eu posso contar quem é, e pra falar a verdade, sem ele nem haveria filme.
O enfermeiro robô Baymax, em sua dedicação em manter a saude de Hiro, torna-se o melhor amigo possível pro personagem, e é o principal fator merecedor de ingresso no filme.
No geral, Operação Big Hero segue uma cartilha bem-sucedida, com uma historia que joga com humor, drama e ação, e é efetiva ao atrair crianças em polvorosa com trailers, e posters, e não levar ao sono a plateia adulta que acompanha a parentela de menor ideia aos cinemas.
Esse jeitão de filme-família não representa risco de erro, ainda que não sirva pra criar algo muito além do que o bom filme de verão.
E isso ele é.
Divertido, com o Baymax roubando cenas sem remorso, uma animação fluida, e sequencias de ação que aproveitam um 3D correto e bem executado, contrabalançando juntamente com o carisma da dupla protagonista, o fato de o roteiro derrapar algumas vezes pro óbvio e previsível.



A historia, adequada ao seu público-alvo, e à necessidade de se afirmar ainda que seja uma trupe de herois desconhecidos da maioria, dedica um tempo necessário ao drama do protagonista, e seu envolvimento com o robô de aspecto inusitado pra um mecha de batalha, enquanto o restante da equipe ganha um tempo bem mais reduzido pra apresentar suas personalidades estereotipadas.
Ainda bem que o filme não depende deles, e apesar de não ser um enredo de grandes surpresas, a amizade entre Hiro e Baymax carrega o filme nas costas.
E pra falar a verdade, só essa escolha acertada já é melhor que o filme inteiro do Astro Boy que apareceu em 2009 e desapareceu da memória quase de imediato.

Quanto vale:


Operação Big Hero. Recomendado para: rever Marvel/Disney sabendo aproveitar herois menos conhecidos pra criar franquias aos montes.

Operação Big Hero
(Big Hero 6)
Direção: Don Hall, Chris Williams
Duração: 102 minutos
Ano de produção: 2014
Gênero: Aventura/Comédia

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