Mas
credibilidade mesmo, o nome da Angelina
Jolie associado
a um filme não agrega não.
Ainda
mais na função de diretora do filme, o que derruba mais
responsabilidade nos ombros dela, e que no caso do "Invencível"
só é minimizado pelo fato de o roteiro ser obra dos irmãos
Joel e Ethan Coen.
"Invencível",
no entanto, não se parece muito com as escolhas da filmografia de
atriz da Angelina, o que se comparar com o também indicado ao Oscar em 2015, "Malévola" é algo pra celebrar.
Tem
um começo padrão e meloso, enquanto mostra passado e presente do
protagonista, Louie
Zamperini
(Jack O'Connell), em algo artificial de forma gritante.
Aquele
clima de que todos estão indo à guerra, e é algo que nem outro dia
de trabalho em meio a aviões sendo atingidos, e os soldados estão
com respostas prontas na ponta da língua só desfavorece essa etapa
que é base pro que o roteiro reserva pra logo adiante.
Pra
fins de narrativa, esses primeiros minutos de filme são o que há de
mais comum e forçado, e aparenta ser essa uma rasa história de
superação.
História
de superação com certeza é, porém ganha bastante intensidade a
partir da missão na qual o protagonista é enviado com os novos
integrantes da tripulação, e é então que o ritmo melhora, e de
alguém por quem nem valia a pena torcer, o Louie
Zamperini cinematográfico passa
a encarar uma situação que angaria cumplicidade do espectador.
E
o quadro vai piorando tanto que essa trama baseado em fatos fica
mais interessante a cada nova adversidade apresentada.
Em
parte eu escrevo isso limitando meus comentários pra não estragar a
surpresa de quem, da mesma forma que eu não sabe nada dos rumos que
a história tomaria, o que ao menos no meu caso favoreceu bastante.
Com
o andar da metragem cada vez mais é exigido do elenco, e tanto Zamperini quanto Phil (Domhnall Gleeson) e Mac (Finn Wittrock) ganham momentos pra que as atuações
tenham papel de importância.
Tudo
que ocorre a partir daí testa os personagens além do que é
tolerável, e ganha força a partir do fato de que está sendo
narrada a vida do atleta real que lutou durante a 2ª Guerra Mundial, e que, apesar de uns clichês na maneira de contar da
direção, é uma história de sobrevivência impactante.
Inclusive,
é um relato que conta com um personagem pra ser chamado de vilão
pessoal do protagonista, e que é um cara que realmente existiu,
permitindo algo que é muito eficaz em blockbusters, com um rosto pra
plateia atribuir culpa e esbravejar em pensamento.
O
tal figura histórico era conhecido pelo nome de "O
Pássaro",
e interpretado pelo Takamasa Ishihara acrescenta mais à
dramaticidade, que só pra lembrar, na condução da diretora não é
nada surpreendente, mas tem efeito além do drama meloso.
Na
lista de recursos empregados estão a produção correta e a trilha
sonora ascendendo em motivos específicos pra auxiliar na comoção.
O
que evita o constrangimento inicial se perpetuar por todo o
longa-metragem é uma mudança de tom que ainda tropeça nos clichês
volta e meia, mas em boa parte cumpre o que se espera de um filme de
superação.
E
se constrange por melosidade em certos momentos, consegue se redimir
com dramaticidade em uns quantos outros.
Enquanto
trabalho de direção irregular, "Invencível"
funciona pra que a partir de então o nome de Angelina
Jolie,
cineasta, possa chamar atenção pra outros trabalhos promissores no
futuro não devido ao status de atriz, mas sim a um potencial que ela deixou evidente neste filme.
Quanto
vale:
Invencível.
Recomendado
para: uma história biográfica de superação que em uns quantos momentos faz jus ao drama da pessoa que o vivenciou antes da
adaptação pras telas.
Invencível
(Unbroken)
Direção:
Angelina Jolie
Duração: 137 minutos
Ano
de produção: 2014
Gênero: Drama/Guerra
Gênero: Drama/Guerra
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